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Nesta quarta-feira (16) o governo anunciou a decisão de um tema que estava sendo muito aguardado por empresários e brasileiros de modo geral: a volta ou não do horário de verão. Em 2024, o horário de verão continua suspenso e a modalidade pode voltar a partir do próximo ano.
O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A decisão foi tomada após a avaliação de novos estudos feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Silveira afirmou que não há necessidade do horário de verão neste ano e que a segurança energética está garantida. A modalidade foi suspensa em 2019.
A decisão de não voltar com o horário de verão foi amplamente criticada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em nota nesta quarta-feira (16), lamentando que o Ministério de Minas e Energia não tenha levado em consideração os benefícios econômicos, ambientais e sociais que o horário de verão proporcionaria.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, critica a falta de consideração pelos impactos positivos que o horário de verão traria para o setor de bares e restaurantes, além do comércio e turismo em geral.
"O ministro havia dado declarações públicas em que considerava os benefícios econômicos e sociais da medida, especialmente para setores como o nosso. No entanto, esses benefícios foram colocados de lado na decisão final", lamenta.
A Abrasel também destaca que o horário de verão geraria um aumento significativo no faturamento do setor de bares e restaurantes. "Estimamos que a extensão das horas de luz natural entre 18h e 21h resultaria em um crescimento de até 50% no movimento nesse período, o que levaria a um aumento de 10 a 15% no faturamento mensal dos estabelecimentos", ressalta Solmucci.
Uma pesquisa recente do Reclame AQUI em parceria com a Abrasel indicou que a maioria dos brasileiros é a favor do retorno do horário de verão, especialmente pelos seus impactos econômicos. Dos mais de 3.000 entrevistados, 51,7% consideram que a medida seria benéfica para setores como bares, restaurantes e o comércio em geral.
Outro ponto que criticado pela Abrasel é o impacto ambiental da decisão. "O ministro também ignorou o fato de que o acionamento das usinas termoelétricas, necessário em momentos de escassez de energia, aumenta a poluição. Isso prejudica não apenas o meio ambiente, mas também a saúde de todos os brasileiros", explica Solmucci.
Para a Abrasel, o Governo focou em um único fator ao tomar a decisão de não retomar o horário de verão, desconsiderando os benefícios abrangentes para a economia, o meio ambiente e a qualidade de vida dos brasileiros.
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